Obras Aquáticas
Obras Aquáticas, perto ou dentro da água são um enorme desafio para a engenharia civil. Além das dificuldades com água, níveis variados, irregularidades, ondas e correntes, existem também muitos tipos de solos diferentes, vários de má qualidade, como areia fofa e argila mole.
Exemplos desses tipos de construções são: eclusas, tomadas d´água, fundações de pilares de pontes, usinas hidroelétricas, diques secos, dentre outras. Vamos acompanhar,a aplicação da tecnologia em projetos desse tipo a partir da proposta de desenvolvimento de um dique seco.
Dique Seco
Um dique seco é uma bacia composta de três paredes em formato retangular, com um piso de concreto reforçado para resistir às cargas das embarcações, força de flutuação, pressão, e etc.
- Porta-Batel
No quarto lado do retângulo é montada uma comporta especial, que chamamos de porta-batel, por onde a embarcação entra e sai navegando na bacia do dique seco alagada. Após a entrada da embarcação, o dique é fechado com o porta-batel e a bacia é esvaziada para que a embarcação fique em um local seco. Isso serve tanto para reparos, quanto para construção de embarcações.
O porta-batel funciona como uma embarcação, que posicionada na entrada do dique seco,
É enchida com água até que ele pare a sua flutuação, encostando assim na soleira e vedando a entrada de água.
Para abrir a entrada do dique seco, a bacia será alagada novamente.
Logo após, retira-se a água de dentro do porta-batel até que ele flutue e assim seja removido.
- Paredes Diafragma
Para a construção de diques secos, já foram utilizados vários tipos de materiais, como cantaria ou concreto armado. Nestes casos as obras precisavam de uma vala de construção, com taludes ou paredes escoradas. Com o aumento de profundidade de diques secos, principalmente devido ao desenvolvimento da indústria naval, foram procurados materiais para os quais as paredes pudessem ser instaladas antes da escavação, como paredes diafragmas ou estacas de concreto encostadas entre si.
- Ensecadeiras
Já as ensecadeiras, “diques de solo”, similar às barragens ou onde há falta de espaço “coffer dams” retangulares (4), não tiveram ao longo dos anos um desenvolvimento significativo.
No ano 1902 foi desenvolvido um novo material, que revolucionou as obras, principalmente as que possuem contato com a água. Eram as estacas pranchas metálicas laminadas a quente, com um sistema de conexão, chamado “Interlock Larssen”, em referência ao seu inventor. Um século depois as estacas pranchas também chegaram ao Brasil, assim como as modernas máquinas para cravação, os conhecidos martelos vibratórios.
Estas estacas pranchas servem para construir as paredes permanentes de diques secos (5), são capazes de resistir de forças de empuxo ativo de solo, carga vertical de pórtico e servem também para a ancoragem lateral do piso contra as forças flutuantes.
- Ensecadeiras
Utiliza-se também estacas pranchas para a construção de Ensecadeiras (6), sejam com parede simples ou não. As duas principais vantagens de se construir ensecadeiras com estacas pranchas são:
Sua elevada retenção de água e a facilidade de removê-las com martelos vibratórios, após o final da obra.
Ainda assim existem diferenças entre as paredes para diques secos e ensecadeiras.
Por motivos econômicos e para limitar certas deflexões e deslocamentos, as paredes permanentes recebem ancoragem com “contra-paredes”,
Tirantes ou estacas inclinadas conectadas na parte superior das estacas.
Na parede de ensecadeira tenta-se evitar esses elementos, para não dificultar a remoção após a conclusão da obra.
Neste caso adota-se estacas pranchas mais robustas, fichas mais profundas e quando possível,
Faz-se um estroncamento contra as paredes de dique ou utiliza-se uma “berma de solo”, para dar mais estabilidade à ensecadeira, desta forma travando-a.
Isso garante a segurança durante a execução da obra.
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