As estacas prancha em obras ambientais são elementos estruturais cravados no solo por meio de martelos vibratórios. Do ponto de vista ambiental, representam importantes recursos estruturais, devido à sua reduzida agressividade, frente a outras metodologias construtivas.
Vejamos por meio de um estudo de caso como isso se reflete na prática, propiciando projetos muito mais sustentáveis.
As Obras Ambientais
Cada obra representa um impacto, em maior ou menor nível, ao meio ambiente. Ao tratar esse assunto, vem à tona principalmente aspectos relacionados à poluição e destruição de recursos naturais. No entanto, outro tipo de situação agressiva e pouco abordada se refere aos efeitos provocados por mudanças de fluxos e níveis d’água.
Exemplos desses tipos de efeitos são: afundamentos de leito de rios, jusante de barragens, aumento de erosão em rios onde existe exploração de areia ou seixos, infiltração de água salobra no lençol freático ou recalque de terreno causado pelo rebaixamento de nível do lençol, etc.
Vejamos, a partir da proposta de desenvolvimento de um isolamento de uma obra, a aplicação de martelos vibratórios e estacas prancha em obras ambientais.
Danos pelo Recalque
No presente estudo de caso, um poço elevatório de esgoto foi executado próximo a edificações em solo pouco consolidado. As mesmas foram danificadas durante o processo de esgotamento da água do poço, provocando recalque em redor e danos diversos. Isso levou o projeto a ser embargado para evitar mais prejuízos ou desabamento de construções.
Após um ano de obra paralisada, foi desenvolvida a análise do recalque observado. O terreno posicionado próximo ao mar possuía um lençol freático em nível permanentemente alto. Trata-se de uma situação relativamente comum em obras ambientais em regiões litorâneas.
Assim, o subsolo composto de argila marítima mole e camadas de areia fofa, era pouco consolidado, graças à sua condição permanente de sub flutuação. Pela retirada d´água do poço durante a execução, a área em redor foi drenada através da camada de areia e assim, agora sem flutuação, o peso de solo aumentou e pressionou as camadas sensíveis, levando ao recalque das construções
A solução indicada para o caso foi de executar a obra sem rebaixar o lençol freático. Para tanto, seria necessário reter a água durante o processo, evitando que o nível baixasse ainda mais. Esse é um bom exemplo da utilização de estacas prancha em obras ambientais.
Isolamento do Poço do Lençol Freático
A água do lençol freático, fator crítico em diversas obras ambientais, precisava de um recurso tecnológico que restringisse sua passagem. Como as estacas dobradas não cumpriam tal função, era preciso utilizar outra metodologia construtiva.
Assim, optou-se pelas estacas prancha laminadas a quente. As mesmas foram alocadas atrás das paredes retangulares do poço, causando a vedação e impedindo o escoamento de água.
Estacas Prancha em Obras Ambientais : Estacas Metálicas Laminadas à Quente
No ano 1902 foi desenvolvido um novo material, que revolucionou as obras, principalmente as que possuem contato com a água. Eram as estacas prancha metálicas laminadas a quente, com um sistema de conexão, chamado “Interlock Larssen”, em referência ao seu inventor.
Um século depois as estacas prancha também chegaram ao Brasil, assim como as modernas máquinas para cravação, os conhecidos martelos vibratórios. Tais equipamentos permitem uma cravação precisa, econômica e de baixo impacto ambiental.
O Isolamento da Obra com Estacas Prancha
Para garantir a estanqueidade das paredes em forma de retângulo, foram necessárias estacas de 12m de comprimento, alcançando a profundidade suficiente na argila para as necessidades do projeto.
Um fator crítico neste tipo de obra ambiental é a estanqueidade. As estacas prancha precisaram ser combinadas com prumo, perfis de canto e guias de chão, propiciando um encaixamento perfeito nos interlocks. Dessa forma foi possível assegurar a impermeabilidade necessária.
Obra Seca para Terminar o Poço
Após de fechamento do poço, foi possível esgotar a água, realizar a escavação até os 7 metros previstos e terminar a obra em condições secas. O lençol freático permaneceu intacto, e as construções em volta foram protegidas contra danos adicionais. O poço finalizado apresentava a estanqueidade ideal e as estacas prancha foram removidas.
Demonstramos assim através de um exemplo prático, os benefícios adquiridos através da utilização de estacas prancha em obras ambientais.
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